Debaixo
dos caracóis dos seus cabelos
-Roberto
Carlos
Um
dia a areia branca
Seus pés irão tocar
E vai molhar seus cabelos
A água azul do mar
Janelas e portas vão se abrir
Pra ver você chegar
E ao se sentir em casa
Sorrindo vai chorar
Seus pés irão tocar
E vai molhar seus cabelos
A água azul do mar
Janelas e portas vão se abrir
Pra ver você chegar
E ao se sentir em casa
Sorrindo vai chorar
Debaixo
dos caracóis dos seus cabelos
Uma história pra contar de um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Um soluço e a vontade de ficar mais um instante
Uma história pra contar de um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Um soluço e a vontade de ficar mais um instante
As
luzes e o colorido
Que você vê agora
Nas ruas por onde anda
Na casa onde mora
Você olha tudo e nada
Lhe faz ficar contente
Você só deseja agora
Voltar pra sua gente
Que você vê agora
Nas ruas por onde anda
Na casa onde mora
Você olha tudo e nada
Lhe faz ficar contente
Você só deseja agora
Voltar pra sua gente
Debaixo
dos caracóis dos seus cabelos
Uma história pra contar de um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Um soluço e a vontade de ficar mais um instante
Uma história pra contar de um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Um soluço e a vontade de ficar mais um instante
Você
anda pela tarde
E o seu olhar tristonho
Deixa sangrar no peito
Uma saudade, um sonho
Um dia vou ver você
Chegando num sorriso
Pisando a areia branca
Que é seu paraíso
E o seu olhar tristonho
Deixa sangrar no peito
Uma saudade, um sonho
Um dia vou ver você
Chegando num sorriso
Pisando a areia branca
Que é seu paraíso
Debaixo
dos caracóis dos seus cabelos
Uma história pra contar de um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Um soluço e a vontade de ficar mais um instante.
Uma história pra contar de um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Um soluço e a vontade de ficar mais um instante.
Obra:
Música
“Debaixo
dos caracóis de seus cabelos” foi composta em 1971 por Roberto Carlos e Erasmo
Carlos, como uma maneira de ser solidário a Caetano Veloso, que havia sido
exilado em Londres no ano de 1969, pela ditadura militar.
Ao
perceber a desgraça em que Veloso se encontrava, Roberto Carlos queria algo
para homenageá-lo. Decidiu-se por um texto, mas, como fazê-lo sem ter problemas
com a censura? Sem citar o nome de Caetano, Roberto Carlos escreveu enfatizando
sua marca registrada naquela época: seus enormes cabelos encaracolados, o que
deixava parecer que a música havia sido feita para uma figura feminina.
Letra
simples e romântica que nos faz imaginar a saudade de uma pessoa apaixonada
pela essência da outra, quando realmente se trataria da saudade sentida por
Caetano Veloso de sua pátria.
Período
Histórico: Ditadura Militar
Durante
o conturbado momento político vivido pelo Brasil nos anos 60, destacam-se no
cenário cultural nacional, diversos artistas que buscavam uma renovação
musical. Esses jovens artistas serviam de voz para um movimento estudantil
crescente e descontente com a situação política do país.
As
canções passaram a ter apelo revolucionário, trazendo para a música popular
temas que não agradavam os governantes militares. Em reação ao movimento
cultural, criou-se a DCDP, Divisão de Censura de Diversões Públicas, que
buscava interferir diretamente no conteúdo das produções artísticas do Brasil.
O conflito se intensificou com os Atos Institucionais, que impediam qualquer tipo livre de expressão artística. Com esse clima de repreensão e conflitos, diversos artistas foram exilados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário