Janick Gers, Steve Harris, Bruce Dickinson, Adrian Smith, Nicko McBrain e Dave Murray |
A
banda britânica Iron Maiden é uma das mais famosas bandas de Heavy Metal da história.
Iniciada em 1975 por Steve Harris, baixista, hoje é composta por seis membros:
além do criador, Harris; estão, Nicko McBrain, na bateria; Janick Gers, Adrian
Smith e Dave Murray, nas guitarras; e Bruce Dickinson, nos vocais.
A
banda tem 15 álbuns de estúdio e mais alguns com origem em shows ao vivo. Se
você já teve a oportunidade de ver algum desses álbuns, provavelmente, notou a
presença marcante de Eddie, criado por Dave Beasly, que marcava os shows da
banda tendo “sangue” escorrendo por seus orifícios e, posteriormente, eternizado
por Derek Riggs.
Bom
esse post pretende apresentar uma leitura que faço da arte dos álbuns tanto da
parte musical quanto a visual. Espero que apreciem.
Antes
de adentrar nos álbuns da banda, vamos passar primeiro por alguns singles
lançados e o primeiro deles é Running Free.
1980 |
A
primeira aparição de Eddie, no single “Running Free”, é muito singela, alguns
podem afirmar que é a pessoa no fim do túnel de quem um fã de Heavy Metal
corre, só que esse fã corre para ninguém mais, ninguém menos do que Eddie. Em
outras palavras, corra livremente para o Maiden. Note que na parede no fundo da
imagem tem o nome de algumas das bandas mais influentes da época, como, Led
Zeppelin, AC/DC, Judas Priest e Scorpions. O single conta com outra faixa, a
música “Burning Ambition” e os créditos devem ser relacionados a Steve Harris, no
baixo; na bateria, Clive Burr com a música “Running Free” e Doug Sampson com a
música “Burning Ambition”; Dennis Stratton, na guitarra e vocal de apoio; Dave
Murray, na guitarra; e Paul Di’Anno, nos vocais.
1980 |
Dois
meses depois, foi lançado ainda em 1980, o primeiro álbum da banda intitulado
Iron Maiden. Se você já percebeu, antigamente o número de faixas que compunham
um álbum de uma banda era bem menor, esse primeiro álbum tem 8 faixas e são
muito boas. As músicas são:
"Prowler"; "Remember Tomorrow"; "Running Free"; "Phantom of the Opera"; "Transylvania";
"Strange World"; "Charlotte the Harlot"; e "Iron Maiden". O grupo é tido como uma
banda de Heavy Metal, mas nos seus primórdios possuía um traço punk, suas
músicas possuíam uma batida rápida (exceção de "Remember Tomorrow" e "Strange
World"). A canção "Sanctuary" não fez parte originalmente do álbum, provavelmente,
porque esteve envolvida em uma polêmica, mas, quando a discografia foi
relançada em 1998, ela passou a ser a faixa dois do álbum. Para evidenciar o
estilo punk da banda ninguém melhor do que Eddie, com o seu cabelo arrepiado.
Esse álbum foi ilustrado por Derek Riggs. Como eu sei? O segredo está na marca
deixada por ele na quarta fileira de tijolos, no lado esquerdo do álbum. Os
artistas que participaram do disco foram: Steve Harris, no baixo; Clive
Burr, na bateria; Paul Di’Anno, no vocal; Dave Murray, na guitarra; Dennis
Stratton, na guitarra e segunda voz.
1980 |
Então,
só para não deixar no vácuo. Sabe qual foi a polêmica que a canção "Sanctuary"
esteve envolvida? Simplesmente porque na capa do single, Eddie aparece matando
a primeira-ministra da época, Margaret Thatcher. Lançado na forma de LP, havia
também as canções ao vivo “Drifter”, do Iron Maiden, e “I’ve Got the Fire”, da
banda Ronnie Monstrose. Créditos a Steve Harris, no baixo; Paul Di’Anno, nos
vocais; Clive Burr, na bateria; Dave Murray, na guitarra; e Dennis Stratton, na
guitarra e segunda voz.
1980 |
O
terceiro single da banda se chama “Women in Uniform”. Originalmente no formato
de LP. O single, no lado B, conta com as músicas “Invasion” e uma versão ao
vivo da canção “The Phantom of the Opera”. Conta com a mesma galera que tocou
no single anterior, “Sanctuary”, e marca a despedida de Dennis Stratton da
banda, pelas diferenças musicais. Na capa, observa-se a primeira-ministra
Margaret Thatcher com uma submetralhadora, na espreita, esperando por Eddie,
essa é uma brincadeira que continua o duelo que eles tiveram no single “Sanctuary”. Essa foi a primeira canção do Maiden que teve um vídeo-clipe. É uma música da banda Skyhooks.
1981 |
O
segundo álbum, lançado no ano seguinte, 1981, é intitulado Killers. Olha, se
você é observador, alguns elementos podem fazer com que você acredite que um
elemento possa ser encarado como um presságio do álbum que vem a seguir. Essa
regra vale se pensarmos que o single, que seguiu o primeiro álbum, “Sanctuary”
traz um assassinado, o segundo ter o título de “Killers” não parece uma
coincidência. As faixas desse
álbum são: “The Ides of March”; “Wrathchild”; “Murders in the Rue Morgue”; “Another
Life”; “Genghis Khan”; “Innocent Exile”; “Killers”; “Prodigal Son”; “Purgatory”;
“Twilight Zone” (presente na versão norte-americana); e “Drifter”. As
músicas desse álbum continuam com um ritmo acelerado, típico do estilo punk que
o Maiden possuía na época. Na imagem, pode-se observar Eddie sendo puxado pelas
mãos de alguém enquanto segura uma espécie de martelo ensanguentado, o que
poderia ser um belo assassinato. De quem são as mãos? Fica a ideia para quem
quiser imaginar. Eu adoraria que fossem as mãos da primeira-ministra já que a
capa de "Sanctuary" foi censurada, mas não acredito que seja algo tão específico.
Participaram desse álbum, Steve Harris, no baixo; Clive Burr, na bateria; Dave
Murray, na guitarra; Paul Di’Anno, nos vocais; e Adrian Smith, na guitarra. É,
esse álbum marca a estreia de Adrian Smith no Maiden. Uma curiosidade do disco é que, com a música “Murders in the Rue Morgue”, baseada no conto homônimo
de Edgar Allan Poe, o Maiden começa a expressar, significativamente, o bom
gosto na composição das letras e a influência erudita que transmite em suas
canções.
1981 |
Os
mesmos artistas que estiveram no álbum “Killers” participaram de mais dois
singles lançados no mesmo ano. O primeiro deles foi “Twilight Zone”, música que
só foi lançada na versão dos Estados Unidos, e incluída no álbum,
posteriormente, em 1998, no relançamento da discografia. Além dessa canção, há
também a faixa “Wrathchild”, melhor música do álbum Killers, na minha opinião.
Percebe-se na capa o reflexo de Eddie no espelho da penteadeira de uma
senhorita enquanto ela olha para uma foto, Eddie tenta pegá-la. O engraçado é
que um monstro e uma dama, com um título Twilight não parece algo muito modinha
hoje em dia? Enfim, foi só uma brincadeira, deuses do metal me desculpem pelo
comentário sem graça.
1981 |
Posterior
a esse single, vem “Purgatory”, purgatório como todos sabemos é um lugar de
origem católica entre o céu e o inferno, o lugar onde você passa pelas purificações
necessárias para adentrar ao reino dos céus. Na capa, observa-se uma cabeça
metade besta e metade Eddie, não acredito que um indique o inferno e o outro o
céu, enfim, whatever. Note que o
símbolo de Derek Riggs está lá. Além da música “Purgatory”, há também a música
instrumental “Genghis Khan”.
1979 |
Para
finalizar a primeira parte, voltamos um pouco no passado, para o ano de 1979, e
confesso, tinha me esquecido dessa peça da produção artística do Iron Maiden. “The
Soundhouse Tapes” é um material elaborado para fazer promoção junto aos fãs nas
viagens em que faziam shows. Foram produzidas 5.000 cópias do material que
continha 4 faixas: “Invasion”; “Iron Maiden”; “Prowler”; e “Strange World”. As cinco
mil cópias foram vendidas rapidamente e outras produções do material não foram
feitas para não haver o risco de acabar com a aura do trabalho que teve muito
sucesso. Participaram, nos primórdios do Maiden, Steve Harris, no baixo; Paul
Di’Anno, nos vocais; Dave Murray, na guitarra; e Doug Sampson, na bateria. A
capa é o registro visual de Paul Di’Anno e, aparentemente, Steve Harris a
frente de um público num bar da Inglaterra.
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