12 de dezembro de 2011

Punição para a Inocência

Publicado em 1958 pela Rainha do Crime, Agatha Christie, "Punição para a inocência" era um dos livros preferidos da romancista.
A versão brasileira é publicada pela editora L&PM POCKET e foi traduzida por Pedro Gonzaga.


Uma família formada pela mãe, Sra. Argyle, o pai, Leo Argyle e cinco filhos adotivos:
Mary, a mais velha, adotada em Nova York; Hester, Tina, Micky e Jacko, adotados após a Guerra, ambos eram de famílias pobres e não tinham condições de ser sustentados pelos pais.
Sra. Argyle é morta e Jacko é acusado pelo crime. Por não ter um álibi confirmado, ele é condenado e morre na cadeia.
O livro inicia com uma visita de Arthur Calgary à família Argyle. Dr. Calgary era o álibi de Jacko, que devido a um acidente, sofreu uma concusão e não se lembrava de detalhes daquela noite, onde havia dado carona para o jovem.

Quase dois anos após a condenação de Jacko, Calgary recupera a memória e decide "limpar a honra" de seu infeliz caroneiro. Chegando na casa onde ocorreu a morte, encontrou-se com Leo Argyle e parte da família. A notícia da inocência do rapaz não foi bem recebida. Arthur Calgary, então, passa a tentar descobrir o verdadeiro assassino ou assassina da Sra. Argyle.
Usando jogadas incríveis, Agatha Christie lança todas as possibilidades imagináveis [e as não imagináveis também] nas páginas do livro, deixando-nos praticamente sem uma maneira de imaginar uma solução diferente das já citadas [e, por isso, equivocadas].
A policia e Philip, esposo de Mary, também investigam o crime. A policia, por ter cometido um "erro" no julgamento e, Philip, por ser inválido e divertir-se imaginando o que se passa na mente das pessoas.
Com o passar das folhas, Christie revela os motivos que cada membro da família teria e a forma como poderiam ter matado a Sra. Argyle.
O final surpreende a todos, claro.

Ele olhava para ela, indefeso.
-Não consigo entendê-la. A senhorita não quer que o nome do seu irmão seja limpo? A senhorita não quer que a justiça seja feita?
-Ah, justiça! - era como se cuspisse as palavras.
Ele repetiu:
-Não consigo entender...
-Essa sua insistência em fazer justiça! De que isso importa agora para o Jacko? Ele está morto. Jacko já não tem nenhuma importância. O que importa somos nós!
-O que a senhorita quer dizer?
-Que não é o culpado o que importa, é o inocente.
[...]

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