24 de março de 2011

Japão; Cuba; Apaixonar-se faz bem; Calvice; Drummond

JAPÃO
No dia 11 de março de 2011, catástrofes atingiram o Japão. Depois do terremoto, que atingiu nove graus de magnitude na escala Richter, e o Tsunami, que trouxe milhares de mortos e uma conta estimada pelo governo japonês de U$ 310 bilhões de dolares, vemos nesse país super desenvolvido uma capacidade imensa de reestruturação. O Banco Mundial afirmou que levaria mais ou menos cinco anos para que o país se reconstruísse, mas um fato bastante curioso e motivador, faz com que nós acreditemos que não levará esse tempo.
Uma rodovia que liga a cidade de Tóquio à Naka ficou totalmente destruída, com verdadeiras crateras. O que é realmente motivante é o fato de que essa mesma rodovia foi totalmente restalrada, nos 150 quilômetros, em apenas seis dias.
Os japoneses mais uma vez dão uma lição em certos países (nem quero citar exemplos), seus governantes se mostram ao lado do seu povo. Um exemplo prático, há alguns meses, o Rio de Janeiro foi atingido por enchentes e deslizamentos de terras e não vi uma liberação de dinheiro tão grande quanto a que foi dada para liga das escolas de samba depois daquele incêndio. Afinal, o carnaval não pode morrer, não é? Senão, o que será da diversão dos turistas que vem para o país nesse feriado?
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CUBA
"En una revolución se triunfa o si muere, si es verdadera"
Fidel Castro
Não, não é um especial sobre países dos quais, particularmente, tenho admiração. Mas o Japão me fez pensar sobre algumas nações em nosso mundo, e claro, pensei em Cuba. Um país isolado do planeta Terra cujo sistema econômico é contrário e sufocado pelos "gigantes imperialistas", mas que resiste fortemente.
Para mim, a terra da revolução, de Che Guevara, Fidel Castro e outros... Não tenho a inocência de pensar que os meios de que os revolucionários tomaram o poder foram limpos, pois afinal era revolução, guerra. E é óbvio que todos os que eram a favor do ditador Batista sofreram.
O que me admira em Cuba é a mentalidade das pessoas (certo, nunca fui para lá), mas o sistema que segundo o próprio Fidel Castro é algo muito mais para o Socialismo do que para o Comunismo, caminho pelo qual ele chegou ao poder, só nos faz pensar em uma sociedade igualitária, em que todos são iguais. O médico cuida do pedreiro e o pedreiro constrói sua casa... Uma via de duas mãos, duas mãos que se lavam e que unidas lavam o rosto. Um país que consegue sobreviver, que mantém sua economia mesmo sendo esmagada pelos E.U.A. e sua influência política-econômica.
Agora, o que se inveja em Cuba, algo que eu gostaria que no meu país fosse como lá, é a educação... Que possui 100% de alfabetizados e que mais de 90% são graduados. Um país imerso em um oceano capitalista mas que possui uma máscara de oxigênio que já dura mais de trinta anos.



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 APAIXONAR-SE FAZ BEM
Obviamente, apaixonar-se faz bem, ainda mais quando essa paixão é correspondida. Quando isso ocorre ficamos felizes, pois temos alguém para compartilhar as nossas alegrias, frustrações, anseios e receios. Evidentemente que isso, é claro, acontece quando há reciprocidade por parte da outra pessoa. Já notou que a felicidade está constantemente relacionada ao amor. Leia qualquer conto de fadas ou assista uma novela ou filme e saberá do que eu estou dizendo. Afinal, como que o mocinho e a mocinha ficam no final? Ficam juntos. "Péra lá", ainda vamos falar da paixão, depois o amor. A paixão faz bem, está, científicamente (olha só, cientificamente hein), comprovado. Quando se está apaixonado o cérebro possui mais endorfina que acionam todo o sistema neuronial e estimulam todo o corpo, fazendo bem à pele, ao coração (que bate mais rápido). Além disso, a pessoa apaixonada se torna mais calma, enérgica e motivada. E é claro, não podemos esquecer que a paixão leva àquele ato... Que queima muitas calorias.
O amor proporciona a liberação de ocitocina, nas mulheres, e vasopressina, nos homens. Tudo isso leva ao relacionamento duradouro (senão for duradouro, não é amor!). Então, nesse momento, que o ser humano constitui-se daquilo que ele provavelmente será pelo resto de sua vida.







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CALVICE
Esses dias conversava com minha namorada sobre a calvice e, pelo que se diz a respeito do gosto da mulherada, ela é uma exceção. Nesse mesmo dia, vi uma reportagem, em um jornal da tarde aí, de uma emissora de TV aberta, sobre a calvice. Um estudo que está em andamento nos Estados Unidos trabalha com o combate precoce da calvice a partir de células-tronco tiradas das salivas do paciente. Funciona mais ou menos assim, um pouco de saliva tua é retirada e mandada para a análise, essa análise dirá se você tem chances ou não de ser careca. Gel, creme de pentear, bonés, tudo isso influencia sim, mas o principal fator é hereditariedade, se teu pai foi/é careca você tem chances de ser; se tua mãe foi/é (também há calvice feminina ué) ou um irmão dela, você tem mais chances (ferro né? ter que se preocupar mais com os tios do que com o pai). Assim, são possíveis tratamentos precoces à calvice.
Também há um estudo para tratar a calvice, são células-tronco retiradas da raiz dos cabelos (que ainda estão na cabeça, então não espere cair todos), que são utilizadas para elaboração de uma espécie de estimulante capilar (ou um remédio, mas ser careca não é doença). Esse é um estudo em andamento e acredita-se que já será bem eficaz nos próximos dez anos, o que seria uma boa notícia. Seria ótimo, se ser careca fosse uma questão de opção.
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DRUMMOND, NA(s) VOZ (palavras) DE JOSÉ 
Carlos Drummond de Andrade, nascido em Itabira, Minas Gerais, em 31 de outubro de 1902, dia das bruxas, e talvez isso fizesse sentido, pois suas poesias são mágicas, não há uma pessoa que não tenha visto uma poesia de Drummond se encaixar perfeitamente em sua vida.
Um gênio das palavras, estudou em dois internatos, o primeiro em Belo Horizonte e o segundo em Nova Friburgo, RJ. Lá foi expulso por "insubordinação mental"; como eu queria ser igual!
Novamente em Belo Horizonte começou sua carreira como escritor, colaborador do Diário de Minas, Graduou-se em farmácia, mas não atuou na área.
Logo se engajou no movimento modernista, crescente em Minas.
Foi servidor público, viu de perto as discussões políticas e escreveu (poemas, crônicas, contos).
Cansou-se de ser moderno, eternizou-se.
Sua poesia regrada de um individualismo que ao mesmo tempo é coletivo, sim, pois o seu eu-lírico é heterogêneo, sua poesia cabe em vários eu's espalhados por esse mundo. Foi grande admirador da poesia de Manuel Bandeira, a quem dedicou um livro de poesias.
E em seu processo de criação me faz lembrar Fernando Pessoa que diz que o "poeta é fingidor", afirmando que na criação, o poeta usa a razão, o sentimento aparece somente na inspiração.
Morreu no Rio de Janeiro, capital, em 17 de agosto de 1987, "a gosto de Deus", doze dias após a morte de sua única filha. Deixou para todos nós toda a sua produção artística e uma obra até então desconhecida, que ele denominou "Amor Natural", composta por poemas eróticos.
Acima, um vídeo do meu poema favorito, "José". Esse José, que pode ser eu (é, eu sou José), que pode ser você (até se você for Maria, Helena, Bruna, João, Joaquim, Eder ou Georgina), lutador, que resiste a tudo, que não morre.

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