15 de setembro de 2010

Entre Baby e vamos dar uma volta - parte 2

(...) Me dirijo para as escadas desejando felicidades para o meu amigo e, mais ainda, que a solidão me deixasse em paz. Abatido, meio que dasanimado, começo a descer as escadas, passo por umas adolescentes "restart" reparando até no cardaço verde limão que uma delas usava. Foi quando ouço alguém cochichar;
- Nossa! que homem lindo.
Indeciso se tomava aquilo como elogio ou preocupação pelo fato de ser chamado de "homem" e já estar velho demais.
Mas o meu "eu lírico" safado do jeito que é, não perdeu tempo em comentar:
- Isso aí, garotinhas, vamos crescer, logo, eu pego vocês!
De certa forma não lhe chamei a atenção, porque um dos meus projetos de vida, seria me casar aos 50 anos com uma mulher de 18. Então fazendo as contas... meu Deus ela nem nasceu ainda!
Deixando as contas de lado, continuo andando em direção a garagem do shopping, tentando disfarçar um pouco a alegria pelo tal elogio. Animado para dar mais algumas voltinhas com o meu "bat-movel" (é incrível como um simples elogio pode transformar água em vinho, ou melhor, um Corsel em carro), confiante e me achando o último biscoito do pacote. Afinal, um loirinho, alto, olhos azuis... realmente há muitos deles por aí...
Mas, com as mesmas intenções, acredito que não. Só faltava comprovar, mas como, aonde? Não fazia a mínima ideia por onde procurar a tal mulher de sorte. Bate então algumas lembranças do Gramadão da Vila "A" e é para lá que vou. Ali eu já "peguei" e não foi só gripe, também foram muitas sarnas, do tipo carrapato. Coloco uma música do Calipso para não ser diferente dos demais e dou uma volta no Gramadão, de carro mesmo, sabendo certamente que não iria estacionar. Ali, os cartazes segurados pelas mãos das garotas, não estava escrito só "X-Salada", mas também, whiskey com energético e chocolate em pó "branco". Sexo, drogas e Rock Roll pra mim já não colava, agora é sexo (uma vez por semana, mentira, uma vez por mês, é mentira também...), coca cola e Rock Roll.
Saio do carnaval fora de época e a primeira coisa que eu faço, é colocar um CD do Metálica substituindo o som irritante do Calipso pelo "Nothing else Matters". Relaxo, finalmente, voltando para casa onde tudo começou, quando levo um susto, meu celular toca, é que eu quase nunca recebia ligações, quem seria? No identificador de chamadas nada constava, atendo ansioso o celular e antes mesmo de se identificar vem uma pergunta:
- Saiu dar um role? Achou o que procurava ou eu tenho que te mostrar que estou bem aqui?

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