25 de junho de 2011

Desenhos

Alguns livros chamam atenção, também, pela arte que os compõe. O desenho é uma forma de enriquecer a obra, direcionando a imaginação das pessoas. Nos livros infantis, o desenho se faz mais útil, pois toda criança precisa de um contato mais real, concreto... visual com o que está lendo.
Logo abaixo, confira doze desenhos da Jéssica Ribeiro Franco Menger.



22 de junho de 2011

E não sobrou nenhum


"Dez soldadinhos saem para jantar, a fome os move;
Um deles se engasgou, e então sobraram nove.
Nove soldadinhos acordados até tarde, mas nenhum está afoito;
Um deles dormiu demais, e então sobraram oito.
Oito soldadinhos vão a Devon passear e comprar chiclete;
Um não quis mais voltar, e então sobraram sete.
Sete soldadinhos vão rachar lenha, mas eis
Que um deles cortou-se ao meio, e então sobraram seis.
Seis soldadinhos com a colmeia, brincando com afinco;
A abelha pica um, e então sobraram cinco.
Cinco soldadinhos vão ao tribunal, ver julgar o fato;
Um ficou em apuros, e então sobraram quatro.
Quatro soldadinhos vão ao mar, um não teve vez;
Foi engolido pelo arenque defumado, e então sobraram três.
Três soldadinhos passeando pelo zoo, vendo leões e bois;
O urso abraçou um, e então sobraram dois.
Dois soldadinhos brincando ao sol, sem medo algum;
Um deles se queimou, e então sobrou só um.
Um soldadinho fica sozinho, só resta um;
Ele se enforcou;
E não sobrou nenhum.


19 de junho de 2011

Revelações II

-Miguel, posso entrar? -Isabel questionava.

-E agora Junior, o que fazemos, Isabel não pode te ver aqui. -Miguel falava agitado- Já sei, vai para de baixo da cama.

-Miguel, Miguel... eu sou um deus. Tenho alguns poderes ainda.

-Só um pouco isabel, já abro. -Miguel respondia- Como assim alguns poderes ainda?

-Na volta te explico.


-Que demora Miguel, o que fazia? -Isabel falava enquanto sentava na cadeira antes ocupada por Junior.

-Nada, estava trocando de roupa. Que chuvão né?

-Pois é, eu vim aqui para conversarmos um pouco... saber o que você está achando dos livros de Gabriel.

-Isabel, é... eles são... é... legais, interessantes.


-Estão te ajudando na tua pesquisa?

-Isabel, que interesse é esse?

17 de junho de 2011

Santos de Casa


Também fazem milagres!
No dia 30 de junho de 2011, no miniauditório da Unioeste campus de Foz do Iguaçu, no horário de 8 horas às 12 horas serão realizadas atividades artísitcas e culturais.
Música, dança, desenhos, textos, gravuras, fotografias entre outras artes.
Mais informações no laboratório de letras (bloco J, sala 3) ou no site do CALU (Centro Acadêmico de Letras da Unioeste): http://calufoz.webnode.com.br.
O Conspiração Indigente esse ano não será exposto no evento, porém seus administradores já pensam em preparar uma apresentação bem legal para o evento do ano que vem.
Porém, no evento, serão expostos alguns textos que já foram publicados no blog.
Marque na agenda: "dia 30 de junho, Santos de Casa (também fazem milagres)".
Vale a pena prestigiar.

13 de junho de 2011

Música nos extras do DVD: Train; A Perfect Circle; Atreyu

Pois é, quem não gosta de assitir um bom filme? Eu gosto muito. Assistimos filmes na televisão aberta, a cabo - eu não -, no cinema. Um dos meios de se assistir um filme é o DVD, que, logo logo, será substituído pelo Blue-ray, este que já é muito utilizado. Pois bem, não fugindo muito do assunto, alguns filmes trazem vídeos musicais e eu considero muito interessante que se olhe para eles, pois é possível que você conheça novas bandas, novas músicas. Por isso, passe pelo "iniciar filme", "áudio e legenda", "capítulos" e dê uma olhada no "extras".

Coloco, aqui, três video-clipes que assisti no "extras" de filmes e que através deles conheci a banda.



Esse primeiro vídeo é da banda Train, famosa por canções como "Meet Virginia", "All American Girl", "Drops of Jupiter", "Marry me" e a canção que virou hit e com certeza é o seu cartão de entrada: "Hey Soul Sister".
A música do vídeo é "Ordinary", single da banda inspirado no filme Homem Aranha 2.
A banda foi formada em 1994 e teve seu primeiro album lançado em 1998.

Revelações

Miguel estava curioso, Junior percebendo isso parecia fazer ainda mais mistério:
-A escolha dele, Miguel, foi demorada, difícil... ele queria proteger a irmã, mas também queria voltar a ser livre. Imagine-se no lugar dele, o que tu farias?
-Ande logo, ao contrário de ti, eu não tenho a eternidade toda.
-Calma, Gabriel escolheu a luz. Por mais que isso custasse sua liberdade.
A pergunta seguinte de Miguel parecia encaixar-se perfeitamente com os ruídos da chuva e da ventania:
-E a escuridão?
-Bom, isso é porque Gabriel escolheu tarde, já não havia mais tempo para mudar os planos de Hécate...
-Falando em Hécate, Junior...
-Não me fale nele!
-Calma, calma... você tem que me contar o que houve com a Caixa de Héc... quero dizer, com a Caixa Abnara.
-Verdade, foi assim Miguel: A Caixa Abnara foi feita por Zeus, para guardar a distinção do Bem e do Mal, quem a possuísse, teria o poder de optar sobre qual liberar. Essa não é a primeira, nem a segunda vez que a Caixa é lançada ao mundo. Zeus, como não sabia para quem deixá-la, lançou-a também. Eu a encontrei...
-Nossa, essa tal Caixa não para quieta mesmo né?

7 de junho de 2011

Drummond

DRUMMOND, NA(s) VOZ (palavras) DE JOSÉ

Carlos Drummond de Andrade, nascido em Itabira, Minas Gerais, em 31 de outubro de 1902, dia das bruxas, e talvez isso fizesse sentido, pois suas poesias são mágicas, não há uma pessoa que não tenha visto uma poesia de Drummond se encaixar perfeitamente em sua vida.
Um gênio das palavras, estudou em dois internatos, o primeiro em Belo Horizonte e o segundo em Nova Friburgo, RJ. Lá foi expulso por "insubordinação mental"; como eu queria ser igual!
Novamente em Belo Horizonte começou sua carreira como escritor colaborador do Diário de Minas, Graduou-se em farmácia, mas não atuou na área.
Logo se engajou no movimento modernista, crescente em Minas.
Foi servidor público, viu de perto as discussões políticas e escreveu (poemas, crônicas, contos).
Cansou-se de ser moderno, eternizou-se.
Sua poesia regrada de um individualismo que ao mesmo tempo é coletivo, sim, pois o seu eu-lírico é heterogêneo, sua poesia cabe em vários eu's espalhados por esse mundo. Foi grande admirador do trabalho de Manuel Bandeira, a quem dedicou um livro de poesias.
E em seu processo de criação me faz lembrar Fernando Pessoa que diz que o "poeta é fingidor", afirmando que na criação, o poeta usa a razão, o sentimento aparece somente na inspiração.

6 de junho de 2011

A escolha de Gabriel

A chuva e a escuridão pareciam não querer abandonar seu destino, caiam assustando todos, cada vez com mais intensidade.
Miguel não levantou a cabeça ao ouvir um forte barulho, apenas cumprimentou Junior com um Oi.
-Oi, eu disse que perceberia minha chegada.
-Pois é, Junior, e eu não duvidei em momento algum.
Enquanto indicava uma cadeira para Junior sentar, Miguel começava a perguntar:
-Por onde começamos?
-Miguel, primeiro quero te contar uma pequena história e te avisar que, dependendo de tua resposta, não mais terá volta.
-Vamos em frente!

E assim Junior começou:
-Muitos humanos se interessam por mitologia, alguns já se ofereceram para me ajudar nessa busca, outros apenas leem livros e sabem o nome de alguns deuses. Mas Miguel, são poucos humanos que são dignos dessa tarefa que logo mais lhe oferecerei... e para aceitá-la, você deve saber onde está se envolvendo.
Miguel, empolgado, interrompeu o colega:
-Gabriel sabia onde estava se metendo?

4 de junho de 2011

A escolha tardía

Miguel retomou certa frase no livro:
"[...]Reza a lenda que a caixa havia sido vista nas Américas, no século passado. Mas teria se perdido novamente após Júpiter tentar possuí-la.[...]."
Júpiter então esteve nas Américas... -pensava o rapaz.

A mão que tentava chamar a atenção do garoto, agora fazia um rápido movimento em direção aos livros, atirando-os ao chão.
-Você foi longe de mais, -dizia uma voz familiar- é melhor parar por aqui.
-Eu sempre soube que havia algo estranho em você -Miguel falava em tom acusador- e Isabel também... ela também sabe.
-Não coloque Isabel nisso, não quero envolver mais ninguém... o que aconteceu com Gabriel não deve ser repitido.
-O que aconteceu com Gabriel?
-Só posso dizer que ele ainda não soube escolher, mas o tempo está acabando... logo será tarde.
E assim Miguel ficou sozinho novamente... seu visitante havia desaparecido, devia ter saido pela porta, mas Miguel estava um pouco atordoado e não percebeu se foi realmente isso que aconteceu.

2 de junho de 2011

O livro que ensina errado


Fico divagando sobre a importância de um letrado na mídia. Como seria útil.
Hoje fomos brindados com uma incrível apresentação da Professora Maridelma Laperuta-Martins sobre um assunto muito discutido nos meios de comunicação, nos últimos dias: "o livro que ensina errado".
A discussão foi gerada por conta de um livro direcionado à modalidade educacional "Jovens e Adultos" e aborda o português em suas diversas variações.
O que vem sendo recriminado é o fato da variante popular da língua portuguesa receber tratamento igual ao da variante culta. E eu pergunto, qual é o problema nisso?
A repercussão política, ao meu ver, ocorreu por motivos óbvios. Não se pensa, em momento algum, no que é bom para aqueles alunos do EJA, pensa-se em derrubar a situação. O mesmo aconteceu há poucos meses, em que a discussão era sobre o salário mínimo. Em que a oposição queria subir o salário mínimo para 600 reais. Eles fizeram isso para o bem do povo (é preciso muita ingenuidade para cair nessa)? Não! Simplesmente para "ferrar" com o plano econômico da situação e, de quebra, ganhar um pontinho a favor nas próximas eleições.
Pois bem, não fujamos do assunto.