Miguel estava curioso, Junior percebendo isso parecia fazer ainda mais mistério:
-A escolha dele, Miguel, foi demorada, difícil... ele queria proteger a irmã, mas também queria voltar a ser livre. Imagine-se no lugar dele, o que tu farias?
-Ande logo, ao contrário de ti, eu não tenho a eternidade toda.
-Calma, Gabriel escolheu a luz. Por mais que isso custasse sua liberdade.
A pergunta seguinte de Miguel parecia encaixar-se perfeitamente com os ruídos da chuva e da ventania:
-E a escuridão?
-Bom, isso é porque Gabriel escolheu tarde, já não havia mais tempo para mudar os planos de Hécate...
-Falando em Hécate, Junior...
-Não me fale nele!
-Calma, calma... você tem que me contar o que houve com a Caixa de Héc... quero dizer, com a Caixa Abnara.
-Verdade, foi assim Miguel: A Caixa Abnara foi feita por Zeus, para guardar a distinção do Bem e do Mal, quem a possuísse, teria o poder de optar sobre qual liberar. Essa não é a primeira, nem a segunda vez que a Caixa é lançada ao mundo. Zeus, como não sabia para quem deixá-la, lançou-a também. Eu a encontrei...
-Nossa, essa tal Caixa não para quieta mesmo né?
-Continuando: a Caixa Abnara ficou sob meu domínio durante séculos, ninguém sabia de sua existência, até que Hécate, eu não sei certo como, descobriu e empenhou-se em pegá-la de mim. Meu irmão sempre desejou ser poderoso. Hécate queria libertar o Mal, mas Zeus, inteligente como sempre, previa que isso poderia acontecer...
-Isso o que?
-Miguel, onde você estava até agora? Isso de alguém roubar a caixa e querer libertar o Mal.
-Áh!
-É! Então, Zeus sabia que isso poderia acontecer e fez uma magia, ou algo assim, para que se a Caixa fosse adquirida de forma ilícita...
-Uau Júpiter, faz quanto tempo que você está por aqui? "Adquirida de forma ilícita..."
-O que, isso também faz parte de meu vocabulário, tá?
-Tá!
-Então, Zeus fez algo para que se a caixa fosse adquirida de forma ilícita, quem a adquiriu não poderia usufruir de "seus beneficios" -a voz de Junior era irônica, seca- e foi por isso que ela foi deixada de herança para Cérbero e Hipérion.
-O malvado e o bonzinho...
-Quase isso. Cérbero, assim como Hécate, desejava abrir a Caixa e liberar o Mal. Já Hipérion, assim como eu e qualquer mortal ou imortal sensato, queria apenas manter o equilibrio na terra. E foi por isso que, novamente, a Caixa Abnara foi lançada do alto da montanha Kilimanjaro.
-E como ela chegou aqui?
-Isso Miguel, é mais com teu professor de geografia do que comigo, eu sou um deus, tá certo que tenho alguns séculos de experiência, mas.. não sei muito bem como os ventos funcionam. Sabe quem mais poderia te ajudar? kaikas, Apeliotes ou Lips... deuses do vento.
-Já entendi, como a Caixa de Héc.. Caixa Abnara veio parar aqui não importa.
-Você faz de propósito, né? Mas realmente não importa. A Caixa Abnara, A-b-n-a-r-a...
-Entendi...
-A Caixa Abnara veio parar aqui, na América do Sul, e eu, vim também.
-Ôh, que honra.
-Eu sei, eu sei. Espera ai, foi sarcástico?
-Claro que não Junior.
-Então, Gabriel achou a Caixa, ficou preso nela e blábláblá... Ele me contou sobre Isabel e eu fui procurá-la lá na turma de História. Depois disso tu sabes, né?
-Sim, e aqui estamos nós.
Um barulho, mais forte que os trovões, foi ouvido.
Isabel batia na porta.
-A escolha dele, Miguel, foi demorada, difícil... ele queria proteger a irmã, mas também queria voltar a ser livre. Imagine-se no lugar dele, o que tu farias?
-Ande logo, ao contrário de ti, eu não tenho a eternidade toda.
-Calma, Gabriel escolheu a luz. Por mais que isso custasse sua liberdade.
A pergunta seguinte de Miguel parecia encaixar-se perfeitamente com os ruídos da chuva e da ventania:
-E a escuridão?
-Bom, isso é porque Gabriel escolheu tarde, já não havia mais tempo para mudar os planos de Hécate...
-Falando em Hécate, Junior...
-Não me fale nele!
-Calma, calma... você tem que me contar o que houve com a Caixa de Héc... quero dizer, com a Caixa Abnara.
-Verdade, foi assim Miguel: A Caixa Abnara foi feita por Zeus, para guardar a distinção do Bem e do Mal, quem a possuísse, teria o poder de optar sobre qual liberar. Essa não é a primeira, nem a segunda vez que a Caixa é lançada ao mundo. Zeus, como não sabia para quem deixá-la, lançou-a também. Eu a encontrei...
-Nossa, essa tal Caixa não para quieta mesmo né?
-Continuando: a Caixa Abnara ficou sob meu domínio durante séculos, ninguém sabia de sua existência, até que Hécate, eu não sei certo como, descobriu e empenhou-se em pegá-la de mim. Meu irmão sempre desejou ser poderoso. Hécate queria libertar o Mal, mas Zeus, inteligente como sempre, previa que isso poderia acontecer...
-Isso o que?
-Miguel, onde você estava até agora? Isso de alguém roubar a caixa e querer libertar o Mal.
-Áh!
-É! Então, Zeus sabia que isso poderia acontecer e fez uma magia, ou algo assim, para que se a Caixa fosse adquirida de forma ilícita...
-Uau Júpiter, faz quanto tempo que você está por aqui? "Adquirida de forma ilícita..."
-O que, isso também faz parte de meu vocabulário, tá?
-Tá!
-Então, Zeus fez algo para que se a caixa fosse adquirida de forma ilícita, quem a adquiriu não poderia usufruir de "seus beneficios" -a voz de Junior era irônica, seca- e foi por isso que ela foi deixada de herança para Cérbero e Hipérion.
-O malvado e o bonzinho...
-Quase isso. Cérbero, assim como Hécate, desejava abrir a Caixa e liberar o Mal. Já Hipérion, assim como eu e qualquer mortal ou imortal sensato, queria apenas manter o equilibrio na terra. E foi por isso que, novamente, a Caixa Abnara foi lançada do alto da montanha Kilimanjaro.
-E como ela chegou aqui?
-Isso Miguel, é mais com teu professor de geografia do que comigo, eu sou um deus, tá certo que tenho alguns séculos de experiência, mas.. não sei muito bem como os ventos funcionam. Sabe quem mais poderia te ajudar? kaikas, Apeliotes ou Lips... deuses do vento.
-Já entendi, como a Caixa de Héc.. Caixa Abnara veio parar aqui não importa.
-Você faz de propósito, né? Mas realmente não importa. A Caixa Abnara, A-b-n-a-r-a...
-Entendi...
-A Caixa Abnara veio parar aqui, na América do Sul, e eu, vim também.
-Ôh, que honra.
-Eu sei, eu sei. Espera ai, foi sarcástico?
-Claro que não Junior.
-Então, Gabriel achou a Caixa, ficou preso nela e blábláblá... Ele me contou sobre Isabel e eu fui procurá-la lá na turma de História. Depois disso tu sabes, né?
-Sim, e aqui estamos nós.
Um barulho, mais forte que os trovões, foi ouvido.
Isabel batia na porta.
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