7 de junho de 2011

Drummond

DRUMMOND, NA(s) VOZ (palavras) DE JOSÉ

Carlos Drummond de Andrade, nascido em Itabira, Minas Gerais, em 31 de outubro de 1902, dia das bruxas, e talvez isso fizesse sentido, pois suas poesias são mágicas, não há uma pessoa que não tenha visto uma poesia de Drummond se encaixar perfeitamente em sua vida.
Um gênio das palavras, estudou em dois internatos, o primeiro em Belo Horizonte e o segundo em Nova Friburgo, RJ. Lá foi expulso por "insubordinação mental"; como eu queria ser igual!
Novamente em Belo Horizonte começou sua carreira como escritor colaborador do Diário de Minas, Graduou-se em farmácia, mas não atuou na área.
Logo se engajou no movimento modernista, crescente em Minas.
Foi servidor público, viu de perto as discussões políticas e escreveu (poemas, crônicas, contos).
Cansou-se de ser moderno, eternizou-se.
Sua poesia regrada de um individualismo que ao mesmo tempo é coletivo, sim, pois o seu eu-lírico é heterogêneo, sua poesia cabe em vários eu's espalhados por esse mundo. Foi grande admirador do trabalho de Manuel Bandeira, a quem dedicou um livro de poesias.
E em seu processo de criação me faz lembrar Fernando Pessoa que diz que o "poeta é fingidor", afirmando que na criação, o poeta usa a razão, o sentimento aparece somente na inspiração.
Morre no Rio de Janeiro, capital, em 17 de agosto de 1987, "a gosto de Deus", doze dias após a morte de sua única filha. Deixou para todos nós toda a sua produção artística e uma obra até então desconhecida, que ele denominou "Amor Natural", composta por poemas eróticos.


Acima, um vídeo do meu poema favorito, "José". Esse José, que pode ser eu (é, eu sou José), que pode ser você (até se você for Maria, Helena, Bruna, João, Joaquim, Eder ou Georgina), lutador, que resiste a tudo, que não morre.

#Repost
Em breve, um trabalho mais completo sobre a vida e a obra desse poeta que, no meu ponto de vista, foi o maior poeta brasileiro do século XX.

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