5 de novembro de 2010

O Corpo Feminino.

Não importa o quanto pesa. É fascinante tocar, abraçar e acariciar o corpo de uma mulher. Saber seu peso não nos proporciona nenhuma emoção, não temos a menor idéia de qual seja seu manequim. Nossa avaliação é visual, isso quer dizer que se tem forma de guitarra... Está bem.
Não nos importa quanto medem em centímetros, é uma questão de proporções, não de medidas. As magrinhas que desfilam nas passarelas, seguem a tendência desenhada por estilistas gays que odeiam as mulheres e com elas competem não há beleza mais irresistível na mulher do que a feminilidade e a doçura, a elegância e o bom trato são equivalentes a mil Viagras.
As saias foram inventadas para mostrar suas magníficas pernas. Porque razões as cobrem com calças longas? Para que as confundam conosco? Uma onda é uma onda, as cadeiras são cadeiras e pronto. Se a natureza lhes deu estas formas curvilíneas, foi por alguma razão e eu reitero: nós gostamos assim. Ocultar essas formas é como ter o melhor sofá embalado no sótão.
É essa a lei da natureza... Que todo aquele que se casa com uma modelo magra, anoréxica, bulêmica e nervosa logo procura uma amante cheinha, simpática, tranqüila e cheia de saúde.
Nenhuma mulher vai reconhecer jamais, diante de um homem, com sinceridade, que outra mulher é linda.
O corpo muda... Cresce. Não podem pensar, sem ficarem psicóticas que podem entrar no mesmo vestido, que usavam aos 18. Entretanto uma mulher de 45, na qual entre na roupa que usou aos 18 anos, ou tem problemas de desenvolvimento ou está se autodestruindo.
Nós gostamos das mulheres que sabem conduzir sua vida com equilíbrio e sabem controlar sua natural tendência a culpas, ou seja, aquela que quando tem que comer, come com vontade (a dieta virá em setembro, não antes); quando tem que fazer dieta, faz dieta com vontade (não se saboteia e não sofre); quando tem que ter intimidade com o parceiro, tem com vontade; quando tem que comprar algo que goste, compra; quando tem que economizar, economiza .
Algumas linhas no rosto, algumas cicatrizes no ventre, algumas marcas de estrias não lhes tira a beleza são feridas de guerra, testemunhas de que fizeram algo em suas vidas, não tiveram anos 'em formol' nem em spa... Viveram! O corpo da mulher é a prova de que Deus existe. É o sagrado recinto da gestação de todos os homens, onde foram alimentados, ninados e nós, sem querer, as enchemos de estrias, de cesárias e demais coisas que tiveram que acontecer para estarmos vivos.
Cuidem-no! Cuidem-se!
Amem-se!
Autor: Paulo Coelho

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