18 de abril de 2011

Carta de um avô

Serranópolis do Iguaçu, 18 de abril de 2011.

Meu filho,
Hoje, parei para pensar sobre as coisas que já passamos juntos e como você cresceu, não é mesmo?
Ontem, quando vi você ajudando seu pai, lembrei de quando me ajudava, segurando o pacotinho de pregos enquanto eu pregava o portãozinho de madeira, daquela velha casa. Não sei se você se recorda, já faz muito tempo.
Você já tem sua namorada e, ao que me parece, logo vai casar e ter filhos... E eu serei bisavô... hehehe. Legal a ideia de estar vivo para ver meus bisnetos, mas tenho calma, não conto com o ovo de galinha que ainda não foi botado por ela. Não tenho pretensão nenhuma de vê-los crescer, mas quem sabe.
A verdade é que estou velho, também estou orgulhoso do seu pai, de você... Se criaram bem, tornaram-se verdadeiros homens. Está se formando na faculdade, o que é bom. Tem um bom emprego, não que na minha época isso importasse, mas sei que este é bom, pelo o modo de vida que você tem levado.
Não quero me prolongar mais, você já deve estar quase dormindo... Desculpe, meu filho, não tenho orkut, redes sociais, nem "feice buque" e não criei um e-mail, como é que é? "Rot e meio". Eu não sei o que é "Rot", muito menos o que é isso com mais meio. Enfim, como o dia a dia tem nos afastado, essa foi a única forma que encontrei para falar com você.
Eu quero que saiba que eu te amo e que continuo no mesmo lugar para te ajudar com o que você precisar... Continuo sendo seu velho amigo.

do seu velho avô

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