"Rosemary,
significa rosmaninho, recordar."
Com
a citação de "Um Brinde de Cianureto", inicio essa postagem,
recordando.
Originalmente
entitulado "Sparkling Cyanide", o livro foi escrito pela Rainha do
Crime Agatha Christie e publicado em 1944, em inglês, o que faz
sentido, já que nossa escritora é britânica. Assim como a maioria de suas obras
que eu já li, "Um Brinde de Cianureto" surpreende o leitor, mostra o
imaginável a cada página para que, no final, possamos ficar admirados com a
astúcia e criatividade da autora. Posso dizer que funciona.
Como
fã antiga da romancista, aprendi a ler cada frase como se nela estivesse a
solução de tudo, cada palavra narrada poderia ser retomada posteriormente, mais
ou menos como aquele dito "tudo o que você disser pode ser usado contra
você [no tribunal]". Assim, quem sabe, eu poderia estar perto de dizer
"Áh, você não me enganou dessa vez!".
Porém,
essa minha forma de ler me prejudicou nesse livro. Talves por eu ter ficado
tempo ser me envolver com um tipo de literatura que me agrade, ou por mais um
ano ter se passado na Universidade e eu ter ficado mais exigente... mas fiquei
decepcionada em alguns momentos, encontrei muitos erros gramaticais, de
digitação, de concordância, o que me fez adiar várias vezes a leitura, pois a
mesma não me chamou tanto a atenção, já que, além do que já mencionei, não
encontrei com meu detetive preferido, o belga Hercule Poirot.
Impressões
a parte, vamos ao que interessa de fato: Rosemary, recordar.
A
obra versa sobre a morte e seus mistérios, característico da Rainha. Uma jovem
bela e cativente, herdeira de grande fortuna e, aparentemente boa, morre no dia
de seu aniversário. Os suspeitos, talvez uma das seis pessoas que prestigiavam
um jantar em sua homenagem? Não. Sua morte foi considerada suicidio,
envenenou-se com Cianureto. Só para exclarecer, Cianureto é um composto
químico, caracteriza-se por um pó branco e foi muito utilizado em suicidios
durante a Segunda Guerra Mundial. Além de Rosemary, quem mais morreu por sua
ingestão? Supostamente, Adolf Hitler.
Algum
tempo após a morte de Rosemary, seu marido, George Barton, recebe cartas
confidenciando que sua amada havia sido assassinada. Iris Marle, sua irmã, acha
evidências de que a vítima tinha um amante, o que a leva a pensar que seria ele
o causador da morte. Agora sim, os suspeitos, talvez uma das seis pessoas que
prestigiavam um jantar em sua homenagem!
À
mesa do fino restaurante Luxembourg estavam Rosemary, a vítima; George Barton,
o esposo; Iris Marle, a irmã e herdeira; Ruth Lessing, fiel secretária de
Barton; Anthony Browne, uma incógnita; Stephen e Alexandra Farraday, o casal
político.
Além
desses, a trama conta com os personagens: Lucilla, a tia viuva que vai morrar
na mansão dos Barton após a morte de Rosemary, para cuidar da casa e de Iris.
Victor Drake, filho manipulador de Lucilla, vive se envolvendo em confusões e
estorquindo dinheiro da familia. Coronel Race, amigo que aparece após a segunda
morte do livro, para elucidar o caso. Inspetor-Chefe Kemp, que, junto com Race
faz os interrogatórios e tira as conclusões. Os demais personagens são
secundários.
Já
que foi mencionada uma "segunda morte", quem morreu?
Um
ano após o fato e perto do dia de finados, George resolve dar outra festa para
comemorar o aniversário de Iris. Convida as mesmas pessoas para compor a mesa e
marca no mesmo restaurante. O motivo? Um plano para descobrir [ou revelar] o
assassino de Rosemary. Depois de tudo preparado, o que é descoberto? A morte de
George, que foi envenenado com Cianureto.
A
partir daí começa a verdadeira estória, repleta de motivos e oportunidades que
só serão esclarecidas quando Race, Kemp e uma outra pessoa unem suas ideias.
E
como acaba tudo isso? Com sua leitura. Divirta-se nas páginas desse livro, não
se deixe desanimar por eventuais desmotivações. Continue.
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