21 de dezembro de 2012

Uma nova poesia paranaense?



O Blog Conspiração Indigente abre espaço agora para a revelação de um poeta contemporâneo paranaense ainda pouco conhecido, mas... é só questão de tempo.
Edson Daniel Huss nasceu em Pinhão, Paraná, no ano de 1974,  é acadêmico do curso de Letras da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE e trabalha atualmente como gerente em uma empresa de entretenimento na cidade de Foz do Iguaçu. É autor de várias poesias e contos, porém, até o presente momento não publicou nenhum livro.


Tempo de infâmia

Um minuto na existência
Um instante de infâmia
Uma hora atormentada
Um ano na estrada.

Quem és o vilão do tempo?
Quem controla os intermináveis momentos?
Qual alegria tens, ao arrancar de mim
O rosto lindo que guardei no mais íntimo de
Meus pensamentos?

Um dia de espera
Um mês olhado o infinito da janela
Uma década de saudade
Um século na eternidade.

Tempo, tempo, tempo
Tirano cruel
Rouba a todo o instante
Os amores terrenos
E os leva para o céu.

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Noite minha

Acabou a festa,
Doces, bebidas,
Músicas, conversas,
Nada mais resta

Quem chegou?

Quem partiu?

Quem pegou?
Quem sumiu?

Já é madrugada,
Um cão late
Sozinho na calçada

Não durmo,
Tempo, minuto, segundo
Parem! Cadê o mundo?
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Luz e razão

Frio ingrato
Noite cheia de saudades,
Meia fatia de pão no prato
Suco de laranja ades,
O gelo solto no copo pequeno
Minha alma a vagar há esmo
Quem apagou as luzes?
Luzes de minha razão...
Hoje sou mais um,
Obedecendo sem questionar
Meu insensato coração...

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Entardecer

Aprendi com meus erros,
um detalhe pequeno
Causa ecos e berros
Em minha alma de menino,
Não questione a razão
Nem queira saber o motivo,
Quem tem apenas um coração
Faz da dor seu curativo.

Leitor, não me imagines um qualquer,
Sou um fragmento pequenino
Dos olhos profundos de uma linda mulher ,
Que no crepúsculo toque de um sino
Desapareceu na estrada do adeus,
Vivo hoje uma saudade impertinente
Se fosse eu grego, talvez Zeus
Prenderia me ao seu amor eternamente.


Com poemas relacionados ao cotidiano e às emoções, Daniel, como prefere ser chamado, continua criando. Quem sabe não surge ai uma nova poesia paranaense, assunto que é pouco debatido em nossos dias.

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