26 de dezembro de 2012

Death Note - Episódio 1: Renascer


Esse é o primeiro episódio da série de desenho animado, inspirado no mangá homônimo lançado em 2003, criado por Tsugumi Oba. Os Shinigamis são os deuses da morte e possuem um caderno onde escrevem o nome e a forma que um determinado ser humano irá morrer. Esses seres habitam seu próprio mundo e não têm muitas coisas para fazer, apenas matam, ou seja, trabalham ou jogam. Ryuk, entediado, deixa seu caderno da morte cair na Terra. Light, um estudante do ensino médio com grande potencial, considerado o melhor aluno do Japão, encontra-o e lê as instruções de utilização do Death Note. Cético, ele faz um teste com um bandido que mantinha um grupo de pessoas como refém, o homem morre com um ataque cardíaco
Light utiliza o caderno em outras vezes e em cinco dias já tinha matado um número significante de pessoas, bandidos, pessoas que ao seu ver não são dignas de viver e que tornam o mundo "podre". Após esses cinco dias, Ryuk vem à Terra e encontra Light. O estudante no início parecia conturbado pelo fato de ser responsável pela morte de algumas pessoas, seres humanos iguais a ele, mas, depois de um tempo, já estava tomado pelo desejo de fazer justiça e "purificar" o mundo.
Quando é surpreendido por Ryuk, Light parece estar em um estado de insanidade mental e se diz ter esperado encontrar com o dono do Death Note para que esse tente o matar e levar sua alma. Ryuk, contudo, afirma que não irá fazer nada, o Death Note agora pertence a ele, que caso queira abdicar da posse do caderno, ele deve entregar a outro humano e, então, o Shinigami apagará as lembranças do objeto. Além disso, Ryuk afirma que o único efeito colateral por usar o caderno é que o humano terá a ciência de que ele é responsável pela morte dos outros humanos e faz um alerta, todos aqueles que escreveram no caderno não tiveram nem o céu, nem o inferno pela eternidade.
Light expõe de maneira rápida e decidida que as piores pessoas serão apagadas com infarto, enquanto que as menos conhecidas e que ainda assim causam problemas terão mortes por doenças ou acidentais. Esse mundo só terá espaço para aqueles que Light julgar serem pessoas honestas, gentis e trabalhadoras. Ryuk coloca que Light será o único mal então e o jovem se defende, dizendo não saber do que o Shinigami diz, mas argumenta que ele é um estudante exemplar, brilhante e considerado um dos melhores do Japão e, logo, se tornará o novo Deus do mundo. Ao ouvir isso, o Shinigami apenas afirma que os humanos são muito interessantes.
Se fossemos pensar a partir das correntes religiosas, estaríamos diante de uma afronta e herezia ao poder de Deus e os mais fanáticos diriam ser Light o Anti-Cristo, aquele que chegará dizendo ser o salvador e na verdade é apenas um charlatão, conhecido que desvia os cristãos de seu caminho. A trilha sonora do início e fim do episódio exala um clima de religiosidade, o que causa esse tipo de reflexão em quem assiste.
A partir desse primeiro episódio já fomos apresentados ao protagonista da saga e ao responsável pela bagunça que está por vir. Sabemos o posicionamento de Light em relação ao poder que lhe foi concebido acidentalmente e aguardamos para saber quais rumos a série tomará.


2 comentários:

  1. Estranhamente, ao ver sobretudo esse print com essa frase, pensei em algo quase contrário... do tipo "A sociedade é quem poderia me fazer um favor, livrando-me dela". Hum... acho que ando muito desiludida com o rumo das coisas, rs... e não, não sou grande fã de mangás e desenhos japoneses, mas tenho que admitir que a temática deles é interessante!

    E sobre tu estar do lado das mulheres, que bom. Só por favor não ache que exista um único lado. Feministas não querem dividir, embora muitas dêem essa ideia... nunca é esse o ponto, entende? Ficar do lado das mulheres não significa necessariamente ser contra os homens, pena que nem sempre a gente consegue deixar isso claro, né? :)

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  2. Vou te falar que esse é um bom desenho, há um embate intelectual de cunho investigativo muito forte e isso foi o que mais me chamou atenção.

    Em relação às mulheres, entendo que o feminismo não tem a mesma linha do machismo em polarizar tudo no ser feminino, mas, sim, em equilibrar as coisas.

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