12 de janeiro de 2012

Percy Jackson e os Olimpianos: O Último Olimpiano


O Último Olimpiano é o último livro da série Percy Jackson e os Olimpianos. O livro é bom, porém, ao meu ver não está a altura dos outros. Talvez por ter um final que fugiu muito do esperado. Portanto, esse post será o que menos elogiará o autor da série, Rick Riordan.
Seu estilo de narração continua brilhante. Com o foco narrativo em primeira pessoa, percebe-se o quanto Percy é sarcástico, engraçado e debochado. No entanto, no que diz respeito à construção do enredo, pecou na sua elaboração.
Diferente dos demais livros da série, o final, neste, deixou bastante a desejar.
Desde o primeiro, cria-se uma espectativa a respeito de um semideus, filho de um dos três grandes deuses (Zeus, Poseidon e Hades) que tomará uma decisão que pode destruir ou salvar o Olimpo. A esse semideus, uma profecia se refere.
Por ser um dos poucos heróis que se encaixam nas características, Percy é tido como aquele que será responsável por salvar o mundo e, por isso, vai até o Oráculo para ler a profecia. Ela é então revelada a ele: "Um meio-sangue, dos deuses antigos filho... Chegará aos dezesseis anos apesar de empecilhos... Num sono sem fim o mundo estará, E a alma do herói, a lâmina maldita ceifará. Uma escolha seus dias vai encerrar... O Olimpo preservar ou arrasar". Então, o herói da profecia a morrer, não é Percy Jackson e sim, Luke Castellan. Antes de voltar nesse assunto, passamos adiante, comentando outros aspectos do livro.
O momento final está chegando, Percy Jackson está próximo de fazer dezesseis anos e o destino da civilização ocidental está para ser decidido. Cronos já organizou seu exército e caminha pela terra, dentro do corpo de Luke, seu fiel semideus.
Por ser guerra, há uma carnificina generalizada, o que é bastante positivo... pois torna o livro mais real, na medida do possível (super real, sátiros, gigantes, dríades, dracaenaes e tantas outras criaturas lutando em uma guerra. Mas, já que é guerra, que haja mortes).
Um ataque "surpresa" foi planejado, porém, há um espião no acampamento e Cronos evita com que o plano seja posto em prática. Entretanto, Charlie Beckendorf se sacrifica e explode o Princesa Andrômeda, um cruzeiro em que Cronos permanecia com seu exército.
Após isso, toda uma trama se desenrola... Percy é traído e preso. Enquanto isso, os deuses lutam contra Tifão, um monstro que quase acabou com o Olimpo há três mil anos atrás e essa é a distração que Cronos queria. Percy se liberta e vai para Nova Iorque, defender o Olimpo. A batalha nas ruas duram quase dez capítulos, o que é realmente interessante.
Algo que é bastante relevante é a construção de alguns enigmas que fazem com que o leitor queira, quase que desesperadamente, pular os capítulos para chegar o fim e saber quem é o espião, o que significa as visões que Héstia, deusa da fogueira fez com que Percy visse e, é claro, saber como o protagonista não vai morrer, apesar da profecia.
Essa é a brecha para voltar ao assunto, que é o único ponto negativo do livro, o fim. Primeiro, você lê quase a série inteira, com uma profecia em que o herói, filho de um dos três grandes deuses seria responsável por "preservar ou arrasar" o Olimpo. E o que é que ele faz? Decide confiar em Luke... Isso é preservar o Olimpo? Sinceramente, não gostei. Então, por que um herói, filho de Hermes, que tinha vinte e dois anos é o herói que teve a alma ceifada pela arma maldita? Ainda, o argumento para a faca de Annabeth, a que Luke usou para se ferir, ser maldita é porque Luke descumpriu a promessa de que sempre a protegeria.
Enfim, discussões a parte, Percy Jackson e Annabeth Chase se tornam o mais novo casal do Acampamento Meio-Sangue, o que é bastante bacana. Então, o que acontece com Rachel Elizabeth Dare... Torna-se alguém importante para o lugar de treinamento dos semideuses.
Em suma, fica a dica de leitura... que não deixa de ser parte de Percy Jackson e os Olimpianos.

- É ele - eu disse. - Tifão.
Eu esperava sinceramente que Quíron retrucasse algo positivo, do tipo: Não, aquele é o nosso enorme amigo Leroy! Ele vai nos ajudar! Mas isso não aconteceu. Ele simplesmente assentiu.
- O monstro mais terrível de todos, a maior ameaça isolada que os deuses já enfrentaram (...)
[...]
- Estou aqui porque, quando tudo mais dá errado, quando todos os outros deuses poderosos partem para a guerra, sou o que resta. O lar. A lareira. Sou o último olimpiano. Você deve se lembrar de mim quando enfrentar a sua decisão final.
[...]
Naquela fração de segundo pensei no tempo em que mamãe costumava trabalhar numa doceria da Grand Central. Pensei no quanto seria ruim se eu acabasse como uma mancha de gordura na calçada.

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