Perto de completar 116 anos, fato que se comemora em 20 de julho,
a Acadêmia Brasileira de Letras (ABL), sedeada na Cidade Maravilhosa, elege o
sociólogo, professor e ex-presidente da republica, Fernando Henrique Cardoso,
para suceder um membro, o jornalista João de Scantimburgo, que faleceu em março
desse ano.
O fato,
infelizmente, não gerou polêmicas. Digo infelizmente, pois esperava, assim como
demais pessoas das Letras, que a ABL fosse ocupada por quem fizesse jus à
cadeira.
Fundada em 1897,
seguindo os moldes da Acadêmia Francesa, por escritores como Machado de Assis,
Lúcio de Mendonça, Inglês de Souza, Olavo Bilac, Afonso Celso, Graça Aranha,
Medeiros e Albuquerque, Joaquim Nabuco, Teixeira de Melo, Visconde de Tauanay e
Rui Barbosa, é composta por 40 membros efetivos e perpétuos e por 20 sócios
estrangeiros. Sua finalidade é cultivar o português brasileiro e sua
literatura. Atualmente é presidida pela escritora Ana Maria Machado, ela que
diz que "Só se chega por acaso, pois é impossível encontrar o caminho sem
se perder".