Título Original: El Laberinto del Fauno;
Lançamento: 2006;
Direção: Guillermo Del Toro;
Principais atores: Ivana Baquero, Doug Jones, Sergi López,
Maribel Verdú, Ariadna Gil, Álex Angulo;
Gênero: Fantasia.
O Labirinto do Fauno é um filme de
fantasia dirigido por Guillermo Del Toro. Eu, admirador desse gênero nas telas,
tinha vontade de assisti-lo há muito tempo. Foi lançado em 2006, indicado a
seis estatuetas do Oscar, concorrendo à melhor direção de arte, melhor
fotografia, melhor maquiagem os quais ganhou. Para roteiro original, trilha
sonora e melhor filme estrangeiro, não ganhou.
Convenhamos, para um filme fora do eixo
“hollywoodiano”, um grande feito. Vamos lá. Em relação ao enredo, notamos um
ciclo, um círculo. O filme começa com uma cena em momentos finais e faz um
retorno a um ponto anterior, a história se desenvolve até chegar ao ponto em
que começou e, então, acabar.
Ofélia é uma garota cujo pai foi
um soldado que morreu em guerra e a mãe, anos mais tarde, envolveu-se com o
Capitão Vidal, temido militar partidário da ditadura de Franco, contexto o qual
se desenvolve a trama. Dele, sua mãe espera um filho.
A garota, quem cultua o hábito da
leitura, encontra um fauno em um labirinto que lhe conta a sua verdadeira
condição de existência como sendo a reencarnação de uma princesa que habitava o
submundo e que decidiu fugir para o plano terrestre.
Há aqui uma mistura entre dois mundos,
um plano fantasioso onde seres fabulosos habitam e a verdadeira família da
garota mora e um plano real, onde confrontos entre militares e rebeldes
acontecem.
O fauno a presenteia com um livro que
possui o poder de lhe mostrar tudo o que acontece, seja passado ou futuro. Além
disso, designa à garota a missão de completar três tarefas, requisitos para que
ela possa voltar a sua casa.
Coisas incríveis acontecem, como, o
fato dela conseguir abrir portais com um giz dado pelo fauno e, assim, a noção
do que faz parte da “realidade” e da imaginação da garota se confundem. Há um
momento em que ela deixa uma planta, banhada à leite, sob a cama de sua mãe
doente. Trata-se de uma mandrágora, planta mágica referenciada até mesmo em
Harry Potter. Essa espécie de simpatia ou mesmo macumba, de acordo com a
perspectiva, ajuda a mãe dela a se recuperar. Numa ocasião, seu padrasto,
Vidal, retira a planta de baixo da cama e pergunta irritado do que se trata. No
entanto, nos momentos finais quando ele está no labirinto com a garota e o
fauno, somente ela pode ver o ser fantástico. Por isso, a possibilidade de tudo
ser apenas imaginação da garota. Nesse caso, na visão de seus pais, a
mandrágora seria uma planta comum e o questionamento surgia apenas pela
estranheza do ato.
Enfim, o bebê nasce, a mãe falece e
Ofélia consegue cumprir duas tarefas. Enquanto isso, o embate entre os
militares e rebeldes continua. Há infiltrados no acampamento militar e o
Capitão mata um traidor.
Para última tarefa, Ofélia sequestra
seu irmão para levá-lo ao labirinto. Vidal a persegue. Lá, o fauno pede que ela
o sacrifique para que possam voltar para o mundo de onde vieram, no entanto,
ela não o faz. Nesse momento, o acampamento está sendo tomado pelos rebeldes,
mas o Capitão não se importa e ao encontrá-la, tira o bebê de seus braços e a
mata. Ofélia morre nesse mundo e retorna ao seu. O Capitão ao sair do labirinto
é cercado e morto.
O filme é muito bom, conta com boas
atuações. Existem algumas pequenas falhas no roteiro, em meu ver, que poderiam
deixar a história um pouco mais “redonda”, mas nada pesado. Destaca-se a
construção do vilão, Capitão Vidal, um dos personagens mais medonhos já vistos
nesse gênero fantasioso, sobretudo, por ser um humano mal e a transição de
cenas.
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