1 de setembro de 2013

O Labirinto do Fauno




Título Original: El Laberinto del Fauno;
Lançamento: 2006;
Direção: Guillermo Del Toro;
Principais atores: Ivana Baquero, Doug Jones, Sergi López, Maribel Verdú, Ariadna Gil, Álex Angulo;
Gênero: Fantasia.







O Labirinto do Fauno é um filme de fantasia dirigido por Guillermo Del Toro. Eu, admirador desse gênero nas telas, tinha vontade de assisti-lo há muito tempo. Foi lançado em 2006, indicado a seis estatuetas do Oscar, concorrendo à melhor direção de arte, melhor fotografia, melhor maquiagem os quais ganhou. Para roteiro original, trilha sonora e melhor filme estrangeiro, não ganhou.

Convenhamos, para um filme fora do eixo “hollywoodiano”, um grande feito. Vamos lá. Em relação ao enredo, notamos um ciclo, um círculo. O filme começa com uma cena em momentos finais e faz um retorno a um ponto anterior, a história se desenvolve até chegar ao ponto em que começou e, então, acabar.

Ofélia é uma garota cujo pai foi um soldado que morreu em guerra e a mãe, anos mais tarde, envolveu-se com o Capitão Vidal, temido militar partidário da ditadura de Franco, contexto o qual se desenvolve a trama. Dele, sua mãe espera um filho.

A garota, quem cultua o hábito da leitura, encontra um fauno em um labirinto que lhe conta a sua verdadeira condição de existência como sendo a reencarnação de uma princesa que habitava o submundo e que decidiu fugir para o plano terrestre.

Há aqui uma mistura entre dois mundos, um plano fantasioso onde seres fabulosos habitam e a verdadeira família da garota mora e um plano real, onde confrontos entre militares e rebeldes acontecem.

O fauno a presenteia com um livro que possui o poder de lhe mostrar tudo o que acontece, seja passado ou futuro. Além disso, designa à garota a missão de completar três tarefas, requisitos para que ela possa voltar a sua casa.

Coisas incríveis acontecem, como, o fato dela conseguir abrir portais com um giz dado pelo fauno e, assim, a noção do que faz parte da “realidade” e da imaginação da garota se confundem. Há um momento em que ela deixa uma planta, banhada à leite, sob a cama de sua mãe doente. Trata-se de uma mandrágora, planta mágica referenciada até mesmo em Harry Potter. Essa espécie de simpatia ou mesmo macumba, de acordo com a perspectiva, ajuda a mãe dela a se recuperar. Numa ocasião, seu padrasto, Vidal, retira a planta de baixo da cama e pergunta irritado do que se trata. No entanto, nos momentos finais quando ele está no labirinto com a garota e o fauno, somente ela pode ver o ser fantástico. Por isso, a possibilidade de tudo ser apenas imaginação da garota. Nesse caso, na visão de seus pais, a mandrágora seria uma planta comum e o questionamento surgia apenas pela estranheza do ato.

Enfim, o bebê nasce, a mãe falece e Ofélia consegue cumprir duas tarefas. Enquanto isso, o embate entre os militares e rebeldes continua. Há infiltrados no acampamento militar e o Capitão mata um traidor.

Para última tarefa, Ofélia sequestra seu irmão para levá-lo ao labirinto. Vidal a persegue. Lá, o fauno pede que ela o sacrifique para que possam voltar para o mundo de onde vieram, no entanto, ela não o faz. Nesse momento, o acampamento está sendo tomado pelos rebeldes, mas o Capitão não se importa e ao encontrá-la, tira o bebê de seus braços e a mata. Ofélia morre nesse mundo e retorna ao seu. O Capitão ao sair do labirinto é cercado e morto.

O filme é muito bom, conta com boas atuações. Existem algumas pequenas falhas no roteiro, em meu ver, que poderiam deixar a história um pouco mais “redonda”, mas nada pesado. Destaca-se a construção do vilão, Capitão Vidal, um dos personagens mais medonhos já vistos nesse gênero fantasioso, sobretudo, por ser um humano mal e a transição de cenas.

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